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domingo, 30 de outubro de 2011
Medo do mar
Extático, o homem pára diante do mar
e percebe-o revolto.
Duvida se viajar é possível.
Conhece o medo.
Seu corpo conhece o medo.
Peito, pernas e garganta falam do medo a ele.
Diante do incerto, a possibilidade da ação desvairada.
Tentam-no também a fuga e a inação,
suposta segurança da terra seca:
respostas automáticas que aprendeu dos outros homens.
O homem estático para diante do mar.
Observa.
O mar compassivo observa a ele: permitiu mostrar-se.
Mostra nele como saber a hora e o caminho
em que o mar se dispõe a receber o homem.
O homem entendeu.
Segura barco e remo, põe o pé na água fria.
Viu,
no mar e em si,
o desenho da partida, acreditou no que viu
e partiu.
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