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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Doma en la Fiesta del Chancho

Do centro de Salta, "La linda", un minibus tomado ao acaso leva ao campo, em direção à Cordillera. No semi-árido Noroeste Argentino, chegar a altitudes um pouco mais elevadas significaria encontrar água, verde e um panorama diferente da surpreendentemente familiar sequidão.
Perto do ponto final, com tanta e tão festiva gente dentro do onibus, "algo pasa"... Depois de uma breve caminhada com a multidão, chego à arena da II Fiesta del Chancho.
Chancho é um dos vários nomes que se dá ao porco/leitão. E na festa, além de muito chancho, tinha vino, gaseosa, humitas(algo similar a uma pamonha do sudeste do Brasil), mate, ponchos, caballos e gauchos.
Apesar de ja estar próxima à transição com os Andes, Salta ainda mantém este tipo de manifestação cultural, típica do povo gaucho que, longe de restrito ao Rio Grande do Sul no Brasil, está distribuído em toda a enorme planície que inclui os chacos argtentinos e paraguayos, e parte do Uruguay. E ainda guarda várias semelhanças com os povos da planícies do Prata e do Pantanal brasileiro.
Os jinetes e seus caballos (sem sela) pertem de um piquete, ao qual sao mantidos presos até a saída. Vários cavaleiros e ajudantes acompanham o processo e contribuem para amenizar (um pouco) o risco de acidentes e resgatar o jinete.
Não deu pra chegar ao pé da cordilheira, e nem pra escapar da sequidão, mas do pueblito onde acontecia a festa já dava pra ver de longe as pequenas serras que anunciam os Andes. As tardes de domingo, pouco afeitas a surpresas, tiveram neste uma bem vinda exceção...

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