Na remada perfeita todo esforço é canalizado ao movimento. Todo movimento, dirigido ao destino.
Humano, remo e barco não estão mais separados:
foi criada uma nova criatura, híbrida, deslocadora sobre a superfície.
A pá empurra a água, desenha espirais e redemoinhos. Não se bagunça, o barco não balança. Casco esguio roçando silencioso a água.
A remada é o dia e a noite. É a semana, o ano. É cada respiração. Todo e qualquer ciclo vital. É o piscar do olho, o nascer e morrer, o começar e o fim, o chegar e partir.
Nenhuma remada é igual a outra.
Nenhuma remada é igual a outra.
Um comentário:
Imagens de uma navegada com Sotalia, o kayak de desenho tradicional esquimó construído à mão no Morro Grande. Pequena aventura entre as ilhas de Parati e Angra dos Reis.
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