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sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Camping nas lagoas azuis
As noites dormidas sobre as firmes margens da Lagoa da Jijoca compensaram o trabalho de transição do barco para a terra. Além do bom sono, a água limpa, doce e azul serviu pra muito banho e inusitadas remada de caiaque e velejada de jangada.
Lagoas desse tipo e dessa coloração são frequentes na zona costeira que vai de Jijoca de Jericoacoara até Camocim.São formadas pelo armazenamento da água da chuva entre as dunas, ou mais raramente pelo represamento de rios costeiros pelo avanço das dunas (nesta região o avanço das dunas é perpendicular à linha de costa, portanto o fenomeno do barramento natural de rios).
A reduzida quantidade de nutrientes na água e o tamanho relativamente grande das partículas da areia mantém a água cristalina, especialmente logo depois que termina o inverno (estação das chuvas, aqui de fevereiro a maio-junho). Ao longo do verão muitas desaparecem.
São um excelente contraponto às agitadas e turvas águas das praias da Jericoacoara, e devidamente exploradas pelos empreendimentos turísticos. Nos pontos mais interessantes e acessíveis há várias barracas de praia, com as típicas redes e mesas dentro da água.
O banho é excelente, a água deixa a pele e cabelos agradavelmente limpos.
Na volta foi duna atrás de duna, lagoa atrás de lagoa, vinte e poucos km embaixo do sol cearense, com pouca água. Divina providência: um sítio de coqueiros sendo soterrado pelas dunas, cocos que estariam a quinze metros de altura ao alcance das mãos! A maré que subia ainda deixou cruzar o Serrote pela praia, no meio da tarde de volta a vila pra comer alguma "comida de panela" como dizem aqui, e encontrar uma árvore pra amarrar a rede.
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Um comentário:
Cara, suas fotografias estão parecendo os quadros daquele pintor do livro do Ernest Hemingway - "As ilhas da corrente". Força aí!
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